Rio, 30 de Junho de 2011
Mário Moscatelli é um biólogo que nasceu em Copacabana, bairro na Zona Sul do Rio de Janeiro, mas que foi criado em Roma, na Itália. Como qualquer outro carioca, Moscatelli é amante de sua cidade natal e aprecia muito as belas paisagens que ela oferece.
Seus pais tinham casa na cidade de Angra dos Reis e ele ficava indignado em ver como o meio-ambiente vinha sendo sistematicamente agredido. Começou a se importar muito com as condições da natureza e passou a lutar contra os predadores, primeiro com a ajuda da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, depois da Secretaria de Meio Ambiente.
Foi responsável pelo replantio de manguezais em Gramacho e também na Lagoa Rodrigo de Freitas. Realiza esse replantio desde os anos 90 e até hoje tem sido bem sucedido em seu projeto.
Seus pais tinham casa na cidade de Angra dos Reis e ele ficava indignado em ver como o meio-ambiente vinha sendo sistematicamente agredido. Começou a se importar muito com as condições da natureza e passou a lutar contra os predadores, primeiro com a ajuda da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, depois da Secretaria de Meio Ambiente.
Foi responsável pelo replantio de manguezais em Gramacho e também na Lagoa Rodrigo de Freitas. Realiza esse replantio desde os anos 90 e até hoje tem sido bem sucedido em seu projeto.
manguezais na Lago Rodrigo de Freitas"
1. Você acha importante cuidar da Lagoa? Por quê?
Sim, porque além de ser um espelho-d’água magnífico com uma paisagem deslumbrante, possui um ecossistema de grande importância para todo o Rio de Janeiro.
Sim, porque além de ser um espelho-d’água magnífico com uma paisagem deslumbrante, possui um ecossistema de grande importância para todo o Rio de Janeiro.
2. Que ações você faria a fim de melhorá-la?
Já venho fazendo desde os anos 90, quando a Lagoa estava completamente abandonada pelo poder público. Comecei a replantar mudas de mangue, de Angra dos Reis para a Lagoa, para recuperar a fauna e a flora do local e também o início de uma grande guerra contra o despejo de esgotos na Lagoa.
Já venho fazendo desde os anos 90, quando a Lagoa estava completamente abandonada pelo poder público. Comecei a replantar mudas de mangue, de Angra dos Reis para a Lagoa, para recuperar a fauna e a flora do local e também o início de uma grande guerra contra o despejo de esgotos na Lagoa.
3. Como usuário desse espaço, qual tem sido sua contribuição para preservá-lo?
Não só como cidadão, mas como biólogo tenho dedicado atenção especial à preservação dos mangues.
Não só como cidadão, mas como biólogo tenho dedicado atenção especial à preservação dos mangues.
4. Você considera eficientes as ações públicas para limpeza e preservação da Lagoa? Por quê?
Não. Infelizmente, apesar dos esforços, ainda há muito o que fazer, principalmente quanto ao tratamento do espelho-d’água e o controle de escoamento de esgotos.5. O que mais lhe incomoda no seu dia a dia, aqui na Lagoa?
O desrespeito por parte de alguns usuários da Lagoa em relação à fauna, à flora e ao despejo de lixo ainda presente em alguns pontos.
6. Qual a responsabilidade do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em relação à preservação da Lagoa?
Zelar e fiscalizar pela manutenção dos ecossistemas da Lagoa e de outros locais do Rio.
7. O IBAMA tem conseguido atingir esses objetivos?Como?
Em parte sim, com a ajuda da iniciativa privada e de pessoas que são apaixonadas pelo local, porque no fundo, o que todas querem é deixar um legado para seus filhos, inclusive os políticos, por mais difícil que seja acreditar nisso.
8. Quando e como você começou a se interessar pelo replantio dos mangues na Lagoa?
No início dos anos 90, quando a Lagoa estava abandonada, em todos os sentidos, resolvi pesquisar sobre a comunidade biológica do local, e me dispus a recuperar o manguezal da Lagoa. Era uma experiência inédita no país, onde acreditava-se que, uma vez destruído, um mangue não se refaz.
9. Que mudanças já podemos perceber na Lagoa?
A volta do manguezal foi lenta e gradual, assim como a fauna. As garças foram as primeiras a chegar, depois os socós, martins pescadores, etc.
10. Foi difícil realizar este trabalho?
Sim, no começo, quando o mangue começou a tomar forma na Lagoa, as discussões a seu respeito eram intermináveis. Sempre tinha alguém a dizer: que ali não era local de mangue, que fedia, atraía mosquitos, e as árvores tirariam a vista do espelho-d’água. Foi preciso muita determinação.
Nossa, esse trabalho merece um grande e gordo 10. Parabéns... Não faria uma coisa tão perfeita.
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